quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que é um corset?


O corset, espartilho em francês, é uma peça de vestuário voltada para a modelagem do corpo feminino que pode auxiliar na correção de postura e redução de medidas, afinando a cintura e diminuindo o culote causado pelo uso de calças de cintura baixa.


Apesar da imediata associação com as minúsculas cinturas vitorianas, o corset data de muito antes.



Existem diversos modelos de corset:

Overbust: Modelo que cobre o busto. Para uso casual e fashion, e se combinado a uma saia, pode ser usado para festas de traje social. Pode ou não ter bojo. Não é recomendado para o treinamento de tight lacing por gerar desconforto nos seios aos ser usado por longos períodos.



Midbust: Parecido com o Overbust, porém esse cobre apenas a metade do busto.


Underbust: Modelo que abrange flanco, cintura e tórax, ficando abaixo do busto. Para usos casuais ou diário (dependendo do tecido). Pode ser usado por cima ou por baixo da roupa, mas nesse caso é necessário uma proteção (liner ou segunda pele) para não haver contato direto com a pele. São os modelos mais usados para a prática do Tight Lacing por serem confortáveis e leves, principalmente os modelos de tela pois não esquentam muito.



Waist Cincher: É bem parecido com underbust porém é um pouco mais curto. Abrange parte superior do flanco, cintura e costelas flutuantes.



Ribbon: Basicamente, é um tipo de Waist Cincher feito de tiras.



Masculino: Existem diversos modelos de corset masculinos, inclusive os citados acima, mas o modelo mais comum é o tipo colete.



Corsets são artigos de alta-costura e feitos sob medida, portanto, infelizmente, são artigos bem caros. Eles custam em média 600 reais. Os mais baratos são os feitos em tela e podem ser encontrados por 300 a 400 reais e o mais caros chegam a custar mais de mil reais.

O que é Tight Lacing?

Tight Lacing, ou "laço apertado" em uma tradução literal, é o nome dado à prática de usar um corset por longos períodos, no intuito de alterar a silhueta reduzindo a cintura. Essa redução se dá a partir da reacomodação das costelas e modificação da localização de órgãos internos.





Pra quem acha "modificação da localização de órgãos internos" algo muito punk, lembre-se que o corpo feminino está preparado para isso, afinal nossos órgãos se movimentam muito mais na gravidez dando espaço para a expansão do útero.




O Corset utilizado para este fim é uma evolução dos espartilhos que nossas bisavós e tataravós usaram, que não tem nada a ver com o que hoje chamamos de espartilho encontrado à venda em lojas de lingeries e sex-shops. Eles são construídos com tecidos resistentes, em várias camadas e com reforços em áreas estratégicas, amarrados nas costas e com barbatanas rígidas, normalmente de aço ou alumínio.





É fato conhecido desde a Idade Média que a pressão constante do Corset sobre a cintura e costelas inferiores por 16 a 24 horas por dia acaba por curvar gradualmente as costelas flutuantes, e com o tempo a alteração se torna definitiva. Porém, além do Tight Lacing exigir disciplina e força de vontade, deve ser praticado com critério, pois assim como a redução da cintura é um fato historicamente comprovado, também é indiscutível que o uso de forma exagerada ou com pouco critério pode ocasionar vários problemas de saúde.

É recomendável procurar um médico ortopedista antes e durante o treinamento de Tight Lacing.

Existem pessoas que não podem praticar este treinamento, como diabéticos, pessoas com insuficiência respiratória, pessoas que têm problemas de coluna, etc. Porém, se você está saudável e tem bom senso para fazer um treinamento progressivo e cauteloso, nenhum outro método é tão efetivo para redução da cintura quanto o Tight Lacing. Vale lembrar também que deve-se ter o hábito de praticar atividades físicas para manter a capacidade respiratória e , principalmente, abdominais, para manter o tônus abdominal já que com o uso do corset essa região permanece semi-imobilizada.

Texto adaptado de Madame Sher